A Crise II
Como já havia mencionado em artigo anterior, os números e extensões da crise são alarmantes e já eram descritos, nos seus fundamentos, desde a crise da Ásia/Rússia de 1997/1998, apenas, vindo a emergir de forma mais dramática neste ano de 2008, graças as repercussões políticas que originou, na medida que as soluções inerciais não eram mais possíveis, virtude de suas complexas estruturas e as dimensões incomensuráveis que adquiriram.
Como na piada do "cheque é dinheiro" alguém teve a "péssima" idéia de ir ao Banco cobrar.
Não tinha fundos.
O processo é claro, é produto de uma desmesurada emissão de ativos financeiros, alavancados em lastros de risco completamente incompatíveis com os fundamentos das atividades econômicas originarias. O produto foi uma brutal inflação nos preços destes ativos e de seus objetos de riscos (imóveis supervalorizados, ações representando o patrimônio de empresas que mesmo em com suas melhores performances, seus lucros não retornariam o capital nem em 50 anos, as commodities, arquétipo Petróleo a US$150,00, etc., cada um pode imaginar um exemplo).
O sistema sé sobrevivia se auto-alimentando.
Para os políticos, nada melhor, a felicidade poderia ser obtida por "decreto" – (Construam-se casas, elas eram construídas, venda-as a qualquer um, elas eram vendidas. Aposentem com salários integrais, abrindo novas vagas, eram aposentados. Atendam todos os doentes com sistemas caríssimos, eles eram atendidos. Construam-se trens bala, eles eram construídos. Contratem novos funcionários públicos, eles eram contratados. Façam a guerra ela era feita. Mais tecnologia, produzam a vontade, bônus, empregos fartos etc.).
Era o nirvana e o melhor de tudo, dinheiro à vontade para campanhas eleitorais, corrupção, enriquecimento, ditaduras e até bondades.
Tudo e a todos era permitido. Todos se locupletaram, cada um a seu modo.
O Brasil, menos mal, apesar de todos os defeitos, aproveitou a bonança e recuperou sua moeda.
No resto, a maneira jabuticaba, foi igual.
Não adianta PACtóides, vai sofrer as conseqüências.
Ary Alcantara
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