quarta-feira, janeiro 28, 2009

"CRISE" Crítica e Sugestão

Alguns Comentários finais em desacordo com que se tem apregoado recentemente:

· A China já entrou em um período de indefinição quanto ao futuro econômico. A dúvida que se tem é em função da extensão e forma de seu tratamento político e econômico, depende destas atitudes se teremos, uma maior, ou menor extensão da recessão mundial.
· A extensão do déficit americano é hoje em torno de 10%, por tradição e compromissos de campanha os democratas devem aumentá-lo, podendo chegar a mais 5% e terá como conseqüência uma desvalorização do dólar.
· O Brasil não possui nenhum instrumento ágil e efetivo de poupança interna que possa manter sustentado o fluxo de investimentos, o financiamento do consumo e os déficits. Depende do mercado internacional.
· As taxas de juros exercidas excluem praticamente todos os projetos de investimentos das empresas à possibilidade de se financiarem no mercado. Ao custo mínimo em torno de 15%, obriga um retorno em 5 anos do capital aplicado, o que não é usual.
· Essa situação remete as empresas para as agencias de financiamento Estatal e aos juros subsidiados, impactando a política fiscal.
· Esse conjunto recessivo somado ao já usual descontrole fiscal brasileiro, se confirmado na linha política propalada de gastos públicos em consumo, deve gerar uma decrescente disponibilidade de recursos para o financiamento das empresas, do governo em sua conta corrente e do sistema financeiro (queda de arrecadação).
· O balanço de pagamentos torna-se efetivamente deficitário. A fuga de capitais tende a virar realidade e o medo cambial se instaura.
· É recessão e Inflação.

A alternativa é:

· Austeridade fiscal, na proporcionalidade desta, uma liberação monetária.
· Maior liberdade cambial e de tarifas no comércio internacional, com aumento de intercâmbio, apostando na eficiência concorrencial (expansão de fronteiras).
· Forte incentivo ao diferimento de renda, através de uma maior securitização da poupança para saúde, benefícios previdenciários, habitação, educação etc., formando uma forte estrutura de poupança interna.
· Incentivo a distribuição do lucro das empresas e a capitalização destas pelos investidores.
· Um amplo programa de privatização e concessões de serviços públicos principalmente de infra-estrutura.
· Maior liberdade nas relações de trabalho promovendo-se a interação maior empregado-empresa.
· Responsabilidade efetiva nos contratos comerciais, com a efetivação do processo de cobrança.
· Maior distribuição de atividade do sistema financeiro, com controles efetivos, onde os bancos seriam somente bancos, da mesma forma bancos de investimentos, corretoras, distribuidoras, seguradoras etc.
· Controles efetivos sobre práticas não equitativas, evitando monopólios oligopólios etc.
· Efetivo instrumento de eficiência reguladora e promotora das agencias, não exclusivamente repressivo.

A partir destas avaliações, é fundamental que se ponderem as formas que supram as necessidades de capacitar instrumentos para o desenvolvimento de equações financeiras diferenciadas para viabilizar negócios e empreendimentos.
Uma forma usual, sempre referenciada, mas com pouca utilização é o instrumento do “Project Finance” que ressurge, como sempre nestas situações, como o elemento milagroso e salvador, antes desprezado quando da abundancia de recursos e dos derivativos milagrosos, agora se torna o instrumento fundamental.

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