domingo, julho 30, 2017

A Verdadeira delação. (Apenas uma crônica)



Lula foi pego.

Condenado, o cárcere o espera, com seus bens confiscados, já não tinha alternativa.

Que era culpado por toda uma era de desmandos, desvios de conduta, mal feitos etc., não havia dúvidas. Se duvidas haviam, era se isto não seria o normal, muitas pessoas já de tão acostumadas achavam natural, justificavam – rouba mas faz – e aderiam. Ele de certa forma também acreditava.

Mas como dizem no jargão policial, “perdeu”, a casa caiu e o Rei estava nu.

Mas não estava sozinho, seguiu uma geração de mentiras, plantadas pelo sacerdócio do social, pelos arautos xenófobos/nacionalistas, os sociólogos da distopia igualitária eram os mestres da ilusão mágica do paraíso e nesta sinecura templária, sempre ao dispor, os grandes, os verdadeiros mestres da fortuna, os vendilhões.

No intimismo profundo de sua realidade, no entanto, já há algum tempo rejeitava a narrativa que justificava. Hoje amanheceu só, os fatos finalmente com suas cruezas mostraram suas garras.


Não era o Getúlio, mas passaria à história, decidiu, vou delatar. Contar tudo e de todos e: “assim passarei à história”.

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