quarta-feira, agosto 03, 2016

A ORIGEM

Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:
"O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".[5]

A ORIGEM

Luca Pacioli e Leonardo DaVinci - os homens da Renascença - ambos foram gênios matemáticos. Leonardo estava mais inclinado para engenharia militar, enquanto Luca para matemática abstrata e pura. Quando Pacioli incluiu "contabilidade de dupla entrada" em seu livro, Summa de Aritmetica, que ele publicou em 1494, mal sabia que ele iria mudar o mundo.
Luca em seu livro de matemática continha as noções básicas que os contadores seguem hoje:
Ativo igual ao passivo mais patrimônio líquido (A = L + OE).
Luca por sua engenhosa explicação do sistema de Escrituração de dupla entrada fez possível o comércio internacional, abrindo assim as comportas para o que hoje chamamos de "A Economia Global"
Em mais de 10 mil anos de história registrada, ninguém na raça humana tinha antes tentado manter registros de negócio de dupla entrada.
Os babilônios, fenícios, persas, egípcios, gregos, romanos e outras civilizações antigas gravavams as suas operações pelo regime de caixa e por uma única entrada, ou seja, as pessoas de negócios faziam listas de itens comprados e vendidos.
Seja em papiro, peles de ovelhas-skins - pergaminhos, ou tijolos, todos os registros de negócios eram intermináveis ​​enumerações e catálogos, que ofereciam pouco discernimento em mensurações do lucro ou perda. Luca Pacioli mudou tudo isso.
Sim, foi um salto de imaginação para projeto de débitos (lado esquerdo) e créditos (lado direito) como um sistema de informação.
Pensar que uma descoberta humilde, como contabilidade de dupla entrada pode mudar o destino do ser humano, dado que permite não apenas uma classificação ordenada de contas, revistas e livros, mas também para as medições de liquidez e rentabilidade.
Não é surpreendente ver que o capitalismo floresceu.
Nos sistemas econômicos, onde prevalece o capitalismo, as empresas - sendo os maiores empregadores - oferecem a cobertura médica e planos de aposentadoria, o homem e a mulher podem agora desfrutar as mais recentes tecnologias e, assim, viver mais tempo e com boa saúde.
 “Natureza física apresenta todas essas dualidades: dia e noite, estreitas e largas, rápidas e lentas,” “Luca diria”, é assim a natureza humana.”
"Nós carregamos o bem e o mal, amor e ódio, em nosso corpo e espírito - ou, como Heráclito gostava de dizer:" o caminho para cima é o caminho para baixo, a estreita e a larga, "Leonardo iria responder.
Quanto do Eclesiastes,
um tempo de nascer e tempo de morrer;
um tempo para plantar e tempo de arrancar;
um tempo para matar e tempo de curar;
um tempo para puxar para baixo e um tempo para construir;
um tempo para chorar e um tempo para rir;
um tempo para lamentar e tempo para dançar;
...
A observação destas funcionou como um sistema de conhecimento, permitido Luca expandi-lo na equação de contabilidade onde o que está do lado esquerdo deve ser igual o que é do lado direito (Ativos = Passivos + Patrimônio do proprietário). Mais tarde, perceberam os contabilistas que outra dualidade era necessária: as receitas, que são aumentos de capital próprio, e as despesas diminuição, a diferença não é outra do que os lucros ou perdas.
Escritores como Descartes, Cervantes, Shakespeare, Dickens se impuseram na literatura e na filosofia por meio da antítese.
Descartes: "cogito ergo sum ​​- penso, logo existo, é a síntese de uma dualidade da mente e do corpo.  Dickens abre seu romance Um Conto de Duas Cidades com um conjunto detalhado de antíteses: "Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos, era a idade da sabedoria, era a idade de insensatez, era a época da crença, era a época da incredulidade, era a estação da Luz, era a estação das Trevas "
Embora filósofos como Hegel e Karl Marx tentassem descartar o sistema de dualidade, substituindo- o com uma tríade: tese, antítese, síntese, eles falharam, e podemos entender o porquê: Hegel professou o poder do Estado, enquanto Marx o comunismo. Sabemos os resultados, da caótica do nazismo e do comunismo.
A contabilidade na economia global aplicou-se melhorando a humanidade, bilhões dos seres humanos povoaram a terra, fazendo desta, das maiores contribuições de valor inestimável para o progresso da condição humana.
 Pacioli e da Vinci - dois excêntricos - fizeram contribuições tangíveis para a humanidade.
 Já não eram empresas confinadas dentro das fronteiras, como bancos, instituições financeiras, empresários e corporações, vendendo, trocando, e extraído lucros através das fronteiras.
 A padronização das demonstrações financeiras na forma de balanços, demonstrações de resultados e fluxos de caixa, permitiu que fossem lidos e interpretados sem grandes impedimentos por toda a Europa.
O sistema de contabilidade de dupla entrada é um triunfo da mente sobre as atividades caótica dos seres humanos envolvidos no comércio. Não só trouxe um novo sistema econômico, mas também o início de uma nova maneira de pensar: a modernidade. A modernidade dissipou as brumas da superstição, monstros, magia, bruxas, ogres, anões, gigantes, milagres, quimeras, unicórnios, centauros, sereias e outras figuras impossíveis do sobrenatural.
A Idade Média e o feudalismo renderam-se aos tempos modernos.
O legado de Luca Pacioli - sistema de contabilidade - ao mundo dos negócios é a ordem. Ele contém: equilíbrio, plenitude e esplendor, porque o seu sistema se encaixa com a democracia, com liberdade para o empresário, um sistema que coincide com pilares de Adam Smith do capitalismo: laissez-faire (economia de livre mercado), a concorrência (mão invisível), e Divisão do trabalho (a propensão humana inata que cria riqueza para todos).

DA FILOSOFIA DE LUCA PACIOLI O PORQUÊ DA NECESSIDADE DE UM SISTEMA  SUSTENTÁVEL DE AVALIAÇÃO DAS ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA

O governo atual iniciou seu período com uma crise de confiança ligada à sua própria natureza política e discursos de campanha. Sua ação um verdadeiro anticlímax se deu através de, como diz Armínio Fraga, “partindo uma notável dose de pragmatismo: manteve o tripé da responsabilidade fiscal, metas para a inflação e câmbio flutuante. Esta resposta trouxe resultados rápidos, que foram reforçados por uma fase de extraordinário crescimento global”.( “Como Reagir a Crise” do www.iepecdg.com)
No entanto de forma sistemática, a causar apreensão, se iniciou um aumento vertiginoso dos gastos públicos correntes, com a criação de uma série de benefícios sociais de prestação continuada (bolsas etc.) aumento de valores reais dos salários dos servidores públicos, bem como do número efetivo destes, contribuições e auxílios a entidades e dos custos de manutenção dos organismos estatais, inclusive publicidade.
O Brasil se beneficiou de um grande aumento nos preços dos seus principais produtos exportados, de abundante liquidez internacional e de um crescente fluxo de capitais. Por exemplo, o índice CRB de preços de commodities subiu cerca de 100% do final de 2003 ao final de junho de 2008. Este ambiente permitiu uma valorização considerável da taxa de câmbio, que contra o dólar caiu pela metade neste mesmo período. As gestões do Banco Central e do Tesouro permitiram também acumular mais de USD 200 bilhões de reservas e desdolarizar a dívida pública, notáveis elementos de resistência a choques externos como os atuais.
Esse engajamento gradativo nos últimos 15 anos, na economia global gerou uma dependência interna para o financiamento da atividade econômica corrente dos recursos oriundos do exterior.
Na verdade o que ocorre é que a poupança interna Brasileira é praticamente toda transferida do setor privado ao setor público, para o custeio dos déficits, praticamente não existindo saldos a serem destinados ao financiamento dos investimentos privados e mesmo aos públicos, tais quais os de infra-estrutura, como estradas, pontes, portos, ferrovias, saúde e saneamento entre tantas.     
Mesmo os fundos de pensão, ainda hoje o maior grupo de investidores, não detêm praticamente nenhum saldo a ser destinado ao financiamento de investimentos de capital privado, este aspecto só tenderia a melhorar se atentarmos para as recomendações do ex-ministro Pedro Malan “... respeito à eficácia das políticas de competição, regulação e supervisão do sistema financeiro, dos fundos de pensão, do mercado segurador e da concorrência em geral. O nome do jogo aqui – e aonde queremos chegar – é eficiência na regulação e não excesso de regulação” ( “Como Reagir a Crise” do www.iepecdg.com)


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