domingo, outubro 05, 2014

UMA REFLEXÃO PARA DEPOIS DE VOTAR


Pensando na Alemanha. Aprendendo com o 7 X 1.


Estas reflexões foram extraídas do texto de:
Hans F. Sennholz (1922-2007) foi o primeiro aluno Ph.D de Mises nos Estados Unidos. Ele lecionou economia no Grove City College, de 1956 a 1992, tendo sido contratado assim que chegou. Após ter se aposentado, tornou-se presidente da Foundation for Economic Education, 1992-1997. Foi um scholar adjunto do Mises Institute e, em outubro de 2004, ganhou prêmio Gary G. Schlarbaum por sua defesa vitalícia da liberdade.

 

O controle direto e intervencionista sobre os preços e salários, (preços administrados e salários indexados à inflação passada) que se pratica no Brasil, em conjunto com uma inflação monetária, é na verdade uma inflação reprimida.

Resultará, sem dúvida ou erro, em uma combinação deletéria tanto dos efeitos nocivos da inflação, quanto da ineficiência do planejamento estatal. O resultado derradeiro será a alavancagem exponencial de seus efeitos perniciosos, em escala muito maior do que se sofrêssemos apenas com um deles, o que já seria ruim.
Haverá uma distorção dupla sobre a oferta e a demanda: além das distorções normais provocadas pela desorganização incitada pela ineficiência estatal e pela inflação monetária, a estrutura de preços de bens e serviços com certeza deixará de refletir as mudanças no valor do dinheiro.

Isso levará a uma queda em aceleração na produção; a falta de produtos tornar-se-á fato inevitável (plano Cruzado). O resultado final e fatal é a regressão à economia subterrânea de ágios, mercado negro, etc.
Por falar em Alemanha foi exatamente isso o que ocorreu lá.

Foi salva e hoje é a terceira economia do mundo graças a um homem chamado Ludwig Erhard e uma atitude;


Na Alemanha pós guerra o general Lucius D. Clay, nomeado pelos Aliados como diretor de política econômica, enviou um ríspido memorando para Ludwig Erhard alertando-o de que os controles econômicos do governo militar não poderiam ser alterados sem uma prévia permissão. A corajosa resposta do professor Erhard merece ser repetida continuamente até o fim dos tempos: "Eu não alterei seus controles; eu os aboli"..

Vale observar neste contexto o escrito pelo professor de Harvard, Gottfried von Haberler:

Em todos os países industriais desenvolvidos, as políticas de recuperação econômica, de estabilização e de crescimento foram muito mais bem-sucedidas após a Segunda Guerra Mundial do que após a primeira.  Porém, é difícil atribuir este fenômeno à difusão do pensamento keynesiano.  Nenhum dos economistas e nenhum dos estadistas que foram amplamente responsáveis pelos variados milagres econômicos do pós-guerra pode ser chamado de keynesiano: nem Camille Gutt na Bélgica, nem Luigi Einaudi na Itália, nem Ludwig Erhard na Alemanha, nem Reinhard Kamitz na Áustria, nem Jacques Rueff na França.  O maior milagre econômico de todos, o japonês, parece ter sido realizado sob governantes e estadistas japoneses bastantes conservadores, com o auxílio de conselheiros americanos ultraconservadores.  Aos numerosos keynesianos e marxo-keynesianos restou apenas observar o fenômeno, em impotente oposição.

  
É politicamente muito mais difícil efetuar ações econômicas corretas e sensatas quando, nas imortais palavras de Pogo Possum, "Conhecemos o inimigo e ele somos nós".

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