sábado, outubro 04, 2014

ARTIGO ESCRITO NO DEPOIS DA COPA

A COPA PASSOU


 

Passada a Copa, chegamos às eleições, o Processo do Mensalão chaga ao seu modorrento final e temos que dar curso a vida.

Éramos o País do futebol, mas o melhor está na Europa a Alemanha está aí para mostrar.

A realidade se apresenta com toda sua crueza.

Voltaremos aos apagões da energia mais cara do mundo, incluindo-se os combustíveis. Monta-se a pajelança midiática da intervenção, foi-se a ilusão da queda de tarifas, onde não se reduz custos, mas repartem-se prejuízos. Com quem?...

O Pré-Sal tornou-se uma lenda, aclamado como a salvação nacional, não saiu da retórica, a produção da Petrobras decresce, inventa-se os royalties que não existem, mas não se tem um projeto competitivo de produção, importa-se gasolina. Investe-se em refinarias de custos duvidosos e no monopólio elimina-se a eficiência.

A mineração pelo intervencionismo governamental, quebram as mineradoras e leva a Vale a um dos piores resultados de sua história

Na primeira ameaça de temporal nossas cidades se tornam espetáculos de calamidade, comparáveis a uma Nova York pós furacão, isto sem contar que jamais são recompostas, mas consomem fortunas em verbas desviadas.

Reencontraremos o caos nos aeroportos com suas tarifas exorbitantes, em fim ...

As estradas continuarão intransitáveis, as ferrovias não atendem à demanda, os portos estarão congestionados e caros, o sistema financeiro e oligopolizado, o mercado de capitais serve exclusivamente a especulação com derivativos, as taxas de juros são exorbitantes.

O transito nas cidades é do mais perfeito caos – poluído, sujo, violento, ineficiente, com o pior serviço de transporte público que se tem notícia e piora.

Os custos de produção industrial somadas a produtividade e o valor da mão de obra – aliada a pior relação trabalhista do mundo - levam o país para o fim da fila em competitividade.

Os serviços postais de telefonia e internet são os piores do mundo e os mais caros.

Os automóveis são "carroças" caras. Computadores obsoletos e caros. Os eletrodomésticos disponíveis são superados e de baixa eficiência e qualidade. Todos produzidos sob protecionismo anti-competitivo.

Os serviços públicos básicos que teriam que atender a segurança, campanhas básicas de saúde, saneamento etc. servem apenas a persecução política do interesse fisiológico de poder.

A educação finge que ensina, inventa-se um demagógico projeto de destinar 10% do PIB – sem a menor lógica e claramente inviável - gerando gerações de analfabetos e despreparados funcionais, em engenharia, matemática e outras especialidades, levando-se a alternativa de suprir estas aptidões pela importação de mão de obra especializada.

Temos 40 ministros que não se conhecem entre si, dirigindo ministérios que não sabemos para que servem ou se destinam e que nem mesmo as autoridades conseguem enumerar.

A legislação eleitoral, institucionaliza a corrupção, ao permitir às empresas que tem por função a produtividade, o lucro, a competição por qualidade etc., que invistam, através de contribuições, como se adquirissem um bem de produção, no financiamento de campanhas eleitorais e partidos políticos com o fim de contrair privilégios e tratamento preferencial não equitativo.

Todo este gasto eleitoral público ou pretensamente privado sai do público, sem exceção, principalmente dos mais pobres. Isto sem contar com o CX 2, o por fora, etc. Tem ainda os dispêndios do estado com publicidade, mídia etc. Ninguém, sem exemplo ao contrário, compra algo sem que pretenda usar e com lucro. A compra dos políticos e do poder que representa mantê-los, é tão mais efetiva quanto mais socialista e intervencionista for o estado, que no caso brasileiro chega a níveis nunca imagináveis. O mensalão não significa nada.

Nesta questão de financiamento de campanha a coisa funciona maios ou menos assim: Seria como se em um condomínio se reunisse os condôminos para discutir a sucessão do síndico, aprovados os candidatos, seria estabelecida uma contribuição dos condôminos para financiar a campanha e além disto os fornecedores de produtos ao condomínio também contribuiriam para a campanha eleitoral dos candidatos a síndico. Tenho certeza que se isto fosse apresentado em qualquer associação do tipo, quem apresentasse a proposta seria imediatamente encaminhado à um manicômio em camisa de força.

"Num sistema totalitário, a competição social se manifesta através dos esforços das pessoas em obterem os favores daqueles que estão no poder. Na economia de mercado, a competição se manifesta no fato de que os vendedores devem superar uns aos outros pela oferta de bens e serviços melhores e mais baratos, enquanto que os compradores devem superar uns aos outros pela oferta de preços mais altos. "

(Ludwig von Mises) – Ação Humana


 

O fator disso é o estado totalitário e ineficiente e a geração de uma economia corrupta e não competitiva. Marca Brasil. A elite de beneficiários está nos burocratas do poder, nos corruptos, e nos privilegiados.

Todo o governante que se apresenta como salvador dos necessitados, quer mesmo é criar a sua sinecura imperial. No Brasil totalitário a governo é um império, que vale a pena comprar.

O judiciário é paquidérmico.

O legislativo, subserviente a um executivo totalitário e ditatorial, em crise de identidade, não sabe a que veio, não se lhe conhecem produtos.

Poderíamos ainda escrever um texto bíblico sobre:

•    Mortes no transito.

•    Presídios.

•    Jovens criminosos.

•    Tráfico de drogas.

•    Roubo de cargas.

•    Meio ambiente.

•    Endividamento público e privado.

Enfim, para qualquer lado que se observe temos a mesma pergunta, como chegamos a isto, somos ultrapassados em crescimento, produtividade e competitividade no continente por, Peru, Chile e Colômbia, para não citar o México, nos equiparando aos horrores Argentinos.

Mas tem mais, ao final do julgamento do Mensalão nos deparamos, com imponderabilidade moral. Não se discute a culpa dos condenados. Condena-se o Tribunal. Não se examinam os crimes e os criminosos mas justifica-se suas impunidades.

E para completar lê-se isto a respeito do mito líder e autor desta tragédia, Lula:

"Tentar lhe atingir moralmente, com base em ilações e suposições, é a última esperança dos que não souberam perceber que o povo brasileiro hoje tem muito mais discernimento e confiança em suas avaliações, exatamente por ter percebido que aquele que sempre foi atacado e desprezado pelas oligarquias revelou-se o líder necessário que recuperou a confiança nacional. Como com Getúlio e Juscelino, os oligarcas sentem a necessidade de destruir o mito. Mas o mito é líder. E é chamado novamente a percorrer o Brasil, sem medo de ser feliz, para dizer claramente o que está em jogo.

Os oligarcas sentem a necessidade de destruir o mito. Mas o mito é líder. E é chamado novamente a percorrer o Brasil, sem medo de ser feliz.

Publicado no Globo por Ricardo Berzoini Deputado Federal (PT-SP)

Preparem-se para uma eventual reeleição da Dilma que, ao que tudo indica, se ocorrer, vai partir para o 'bolivarianismo' explícito, como já declara o PT e em seu site. Será que a nova Dilma vai se 'cristianizar' para a construção do 'socialismo imaginário' que justificou o 'mensalão'?

Nada mais atual do que o artigo: Será que o Brasil se detonou?. "Por quê?" (Matéria do The Economist)

"Por que, entre os países emergentes, nós temos o pior desempenho? Terá sido apenas um voo de galinha (chicken flight?), pois aproveitamos muito mal a enxurrada de dinheiro que entrou aqui nos últimos anos? Por quê? Por que o governo não ataca os problemas principais, enunciados por qualquer economista sério do mundo e se detém em remédios demagógicos, como buscar médicos medíocres em Cuba para fazer propaganda socialista nas cidades pobres, como os estádios bilionários para a Copa, que até nosso povo 'futeboleiro' condenou nas manifestações? Por que o famoso PAC, com seu 'desenvolvimentismo tardio' não consegue terminar nem 20% das obras propostas? Por que o governo não consegue privatizar (opa: 'fazer concessões') nem rodovias, nem ferrovias, nem aeroportos, sem errar várias vezes, sem conseguir redigir contratos decentes, atraentes? Por que o rio S. Francisco continua parado, com grandes regos secos que o Exército fez? Por que não explicam à população as causas dos atrasos, em vez de gastarem bilhões em propaganda enganosa? Por que o número de carros dobrou em 10 anos e as estradas continuam podres e paralisadas? Por que a China cancela a compra de 2 milhões de toneladas de soja por causa da dificuldade do 'gargalo Brasil'? Por que a maior produção de soja no mundo fica na fila infinita de caminhões porque não há silos, detidos pela burocracia mais atrasada do planeta? Por que a inflação pode se descontrolar de novo? Por que contrataram mais de 100 mil pelegos para boquinhas no governo, em vez de cortar custos da atividade-meio? Por que estimular o consumo, sem estimular o aumento da oferta? Por que os preços no Brasil são o dobro de qualquer país do mundo, sendo que o chamado 'Big Mac Index', a ferramenta de comparação de preços, mostra que nosso Big Mac é 72% mais caro que em qualquer lugar e carros custam 45 mais caro que no México, EUA? "Ah... porque a carga tributária é de 36% do PIB e nos outros países semelhantes não passa de 21%." Então, por que não lutar por uma reforma tributária profunda, em vez de jogadas periódicas premiando uma ou outra atividade? Por quê? "Ah, porque é muito difícil passar no Legislativo..." Mas, por que não usar toda a força da maioria que têm para isso? Por que a agroindústria, tão esquecida pelo governo (que gosta mais do MST), nos salva todo ano com sua lucratividade? Será que vai bem justamente porque o governo não se meteu? Por que o SUS é a porta do inferno? Por que a educação zero está impedindo a produção nacional, sem mão de obra para nada? Por que temos o recorde mundial de analfabetismo funcional? Por que será que os investidores internacionais têm medo de vir para cá, ultimamente? Será que é porque eles sabem que nós mudamos regras, não respeitamos contratos nem marcos regulatórios e porque nós queremos lhes enfiar o Estado goela abaixo? Por que será que, de todo o dinheiro arrecadado para as aposentadorias no País, 50% é para pagar apenas 20 % dos aposentados (setor público, claro), enquanto a outra metade é para pagar os 80% restantes? Por que somente 1,5% do PIB é investido em infraestrutura, quando no resto do mundo é por volta de 4%? Por quê? Nossa infraestrutura é a 114ª. pior entre 148 países.

Ou seja, continuamos sob 'anestesia mas sem cirurgia' (Simonsen). Por quê? Talvez a resposta esteja em Platão e sua carroça. Ele disse que é dificílimo guiar um carro com dois cavalos diferentes - um bom marchador e outro manco e lento. É nosso destino, em um governo dividido entre o 'bolivarianismo' e as necessidades óbvias, reais do País. Ao contrário do que proclamam, o óbvio pragmatismo administrativo não é 'de direita' não, e seria bom para o crescimento e para reduzir a desigualdade.

A matéria do The Economist tem a boa intenção de nos acordar para a racionalidade; não quer nos destruir, não é da 'oposição'. A reportagem da revista, que é lida no mundo inteiro, serve para nos lembrar da famosa frase de Reagan (sim, o reacionário) - perfeita para nos definir: "O Estado não é a solução; o Estado é o problema".

Ah, sim; a revista esqueceu de mencionar uma importante força da natureza que nos impele para o erro: a Burrice.

Nada de novo acontece, Dilma está apenas tentando conservar, como já evidentemente programado, as exacerbações estultas do Chefe, que a ajudaram eleger-se, apagando os rastros e passando uma borracha corretiva e tentar com uma reeleição der mais tempo.

Os planos de contenção de gastos e austeridade administrativa estavam sempre dentro das obviedades e maquiagens, só não vistas ao calor dos proselitismos eleitorais. Nunca adotados, função dos exageros de dispêndios e desperdícios e malversação dos últimos anos. Até aos mais inexperientes em administração pública, estaria claro o caminho para a destruição da estrutura econômica básica do país.

Esse fato levará, com certeza, ao risco de comprometer os poucos avanços conseguidos nos derradeiros 50 anos, nessas as correções e mudanças estruturais efetivas, introduzidas no governo Collor/Itamar – pós-desastre da era Sarney - que resultaram no plano Real, levadas a efeito por Malan e FHC.

Por exemplo:

  • A estrutura produtiva, a modernização administrativa, a infraestrutura e a abertura de novas fronteiras do Regime Militar.
  • O controle da inflação a partir do plano real,
  • A solidez do sistema financeiro nacional iniciado pelos PROER e PROES, independência do BACEN, com o programa de metas de inflação,
  • A lei de responsabilidade fiscal
  • Os programas de inclusão social, que desde as décadas de 70 vem firmando de forma sistemática a nova classe C,
  • A redução de risco externo pela acumulação de reservas, aberturas de mercados e novas excelências produtivas, onde se destacam os setores de mineração e principalmente o agronegócio.

Estes eram inclusive os princípios básicos e estas ações foram anunciados antes mesmo da posse da nova Presidenta.

  • Manter efetivamente o programa de metas de inflação com autonomia do BACEN, levando a meta a um valor mais baixo e diminuir drasticamente a taxa de juros até um patamar de 2%.
  • Aumentar o rigor do controle do setor público buscando em 4 anos o equilíbrio fiscal.
  • Estabelecer uma maior competitividade ao câmbio através da desoneração tributária, principalmente da folha de salários.
  • Estimular a ampliação do mercado de investimentos privados, mormente em projetos de infra-estrutura, neste caso inclusive com a efetiva participação de investidores institucionais.

No entanto nunca cogitam em diminuir os programas de transferência de renda evoluindo estas pessoas assistidas à uma atitude proativa no mercado. Estes que atingem mais de 30% da população consomem, só no plano federal, quase 10% do PIB, é mais de tudo que se poupa e investe.

Nestes seus propósitos estava evidenciado a pretensão de em quatro anos corrigir os exageros do passado recente e retornar a uma meta de crescimento sustentado da economia de no mínimo 4,5% a.a.

Na verdade Dilma alegava que pretendia tentar, discretamente – sem falar em herança maldita - corrigir o que de antemão já se sabia como evidentemente errado, ruinoso e de urgente solução.

Nunca implementou nada.

O crescimento econômico de 7,5% em 2010, apresentado pelo "PIBÃO" correspondendo em mais 2,3 trilhões de US$ (moeda corrente) elevava o Brasil às dimensões econômicas do Reino-Unido, com certeza induzia a um patamar significativo da economia mundial, mas, na verdade, muito abaixo dos US$ 4,5 trilhões, onde deveríamos estar se não tivéssemos perdido em situações controversas, políticas erráticas e corrupções, mais de 3% a.a em perspectivas de crescimento nos últimos 30 anos.

Nos fundamentos estruturais e políticos continuou-se na mesma, faz-se um grande acordo na base e no topo da pirâmide social. Aos miseráveis acena-se enganosamente com as Bolsas, aos banqueiros com os mais fabulosos lucros do planeta, ganhos de tesouraria e as maiores taxas de juros aos consumidores do mundo, aos pseudo-empresários com os financiamentos do BNDES e ganhos fantásticos com a inflação de ativos, em fim, o melhor dos mundos.

A classe média pagando tudo através dos impostos, mas enquanto se mantiver como minoria e refém de um sistema político representativo viciado, serão sempre submetidas, iludidas em consumo e crediários fantasiosos, com juros que dobram o capital financiador, para a alegria dos bancos.

Nas ultimas eleições isto ficou mais que evidente, os eleitores dos estados produtores foram vencidos pelos maciços votos dos dependentes e pelos financiamentos milionários dos produtores do dinheiro.

Não que o candidato a presidência derrotado, se eleito, pudesse significar uma mudança na secular dicotomia paternalista e oligárquica da sociedade Brasileira, que se origina nas cortes portuguesas. Pelos seus discursos e origem política, na verdade o que se apresenta é apenas uma mudança de partido. Todos, na verdade, prevêem o estado participante e controlador e o discurso é sempre no tom: "eu fiz, vou fazer, sou quem pode mais, o melhor etc."

Não se invertem as prioridades, o individuo produtor, capaz, eficiente etc. não é a primazia, não se considera a riqueza como preciosa para o indivíduo e, portanto, digna de ser atingida como fim em si mesmo. Não se atribui que enriquecer, é um feito puramente natural e involuntário e que a riqueza dos cidadãos contribui para aumentar a riqueza do Estado.

O importante é a falácia social, em nome disto se perde eficiência e resultados, mas no discurso caridoso/assistencial e bem vendido pelos marqueteiros se concentram fortunas e mantêm o poder de controle da sociedade
onde a riqueza privada é simplesmente um meio, e como tal fica subordinada ao Estado e seus plutocratas e aos seus fins de domínio, é um ótimo negócio.

Nesta visão não se pode esperar um Brasil com uma economia aberta, competitiva, com um livre fluxo de moedas, a exemplo da Austrália, com valorização do conhecimento, investimentos maciços em educação e tecnologia, desregulamentação da economia, privatizações radicais de todas as atividades não necessariamente públicas, tipo diplomacia e justiça, previdência fundamentada num forte esquema estimulado de poupança

Dilma com certeza nunca esteve e nunca estará para esta linha, como também, a exemplo de Fernando Henrique pede para esquecer o passado. Não se pode imaginar uma Dilma num PT/socialista libertário. Também não se pode esperar a saída de uma tutelagem que esta mesmo se impôs. Pois com defendeu Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão. O que é o Iluminismo? Descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:

"Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento, mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".

Assim, mesmo que não estejamos à beira de um desastre evidente a moda Cuba, Coréia do Norte, Líbia ou mesmo Venezuela, continuaremos no mercantilismo pós-medieval, atrasado, tutelado e concentrador no estado e nas elites amigas do poder, longe da melhor eficiência capitalista.

Nessa reflexão não se tem como deixar de referenciar Adam Smith, que o critica com dureza na sua obra "A riqueza das nações", caracterizando o mercantilismo como uma "economia ao serviço do Príncipe".

Não há como contestar, ainda não passamos do século XVIII.

Temos que fazer como propôs o Dr. Otávio Gouveia de Bulhões; tentar o capitalismo vamos descobrir que dá certo.

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