sexta-feira, outubro 17, 2014

Os brasileiros pagam o BNDES para financiar o bife caro da FRIBOI que o governo da Dilma manda substituir por ovo.


JBS S.A.
Dados Econômico-Financeiros - R$ - mil
Balanço Patrimonial - Consolidado
30/06/2014
31/12/2013
Ativo Imobilizado, Investimentos e Intangível
36.743.008
36.193.850
Ativo Total
71.269.705
68.670.221
Patrimônio Líquido
23.294.322
23.133.254
Patrimônio Líquido Atribuído à Controladora
22.046.965
21.951.788
  
Demonstração do Resultado - Consolidado
01/01/2014 a 30/06/2014
01/01/2013 a 30/06/2013
Receita de Venda
55.387.943
41.458.570
Resultado Bruto
7.676.772
4.986.417
Resultado de Equivalência Patrimonial
11.565
26.063
Resultado Financeiro
(1.956.985)
(737.792)
Resultado Líquido das Operações Continuadas
471.476
650.277
Lucro (Prejuízo) do Período
471.476
650.277
Lucro (Prejuízo) do Período Atribuído à Controladora
324.244
566.360
Demonstração do Fluxo de Caixa - Consolidado
01/01/2014 a 30/06/2014
01/01/2013 a 30/06/2013
Atividades Operacionais
651.908
945.299
Atividades de Investimento
(1.737.729)
(886.668)
Atividades de Financiamento
2.584.189
1.628.899
Variação Cambial sobre Caixa e Equivalentes
(213.768)
132.307
Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes
1.284.600
1.819.837
Posição Acionária*
Nome
%ON
%PN
%Total
Caixa Econômica Federal
10,07
0,00
10,07
Fb Participações S.A.
40,93
0,00
40,93
Bndes Participações S.A. - Bndespar
24,59
0,00
24,59
Banco Original Sa
0,50
0,00
0,50
Outros
21,36
0,00
21,36
Ações Tesouraria
2,55
0,00
2,55
Total
100,00
0,00
100,00
Informação recebida em 03/06/2014.
(*)Posição dos acionistas com mais de 5% das ações de cada espécie.

Ações em Circulação no Mercado
30/04/2014
Tipos de Investidores / Ações
Quantidade
Percentual
Pessoas Físicas
5.169
-
Pessoas Jurídicas
419
-
Investidores Institucionais
699
-
Quantidade de Ações Ordinárias
1.653.729.368
56,20
Total de Ações
1.653.729.368
56,20
Composição do Capital Social
- 14/08/2012
Ordinárias
2.943.644.008
Preferenciais
0
Total
2.943.644.008
 
 
 O JBS/Friboi deve ao BNDES e bancos privados um montante de R$ 30 bilhões, conforme demonstrado o último balancete publicado 
Ocorre que o patrimônio líquido da empresa, descontado os ativos intangíveis, é de R$ 8 bilhões. Isso significa que o endividamento está totalmente fora dos padrões normais de uma empresa com boa governança corporativa.

(Lembra o Eike?)

Esses dados evidenciam também que a JBS-Friboi tem seu índice de alavancagem em relação ao patrimônio líquido fora dos padrões de grandes corporações com ações na Bolsa de Valores.

O endividamento junto ao BNDES, dentro do programa PIS – Programa de Investimentos Sustentáveis, com juros subsidiados, está concentrado demais para um só grupo empresarial. O grupo JBS-Friboi recebeu, sozinho, cerca de 8% do valor total de recursos do PIS. Neste programa, o Tesouro toma dinheiro no mercado pagando taxa Selic (hoje, 10,75%) e empresta aos empresários a uma taxa média de 3,5% ao ano.

Quem paga a diferença? É o Tesouro, que repassa ao BNDES, quem paga a diferença de juros dos empréstimos concedidos. (NÓS OS BRASILEIROS PAGAMOS)

Além do setor de carnes, o grupo dos Joesley Batista e Wesley Batistas, tentaram recursos de R$ 2,8 bilhões aos fundos de pensão Previ, Petros e Funcef para dobrar o tamanho da Eldorado, indústria de celulose controlada pela família Batista. Além dos recursos dos fundos de pensão, existe a pretensão de emprestar R$ 4,8 bilhões do BNDES e do fundo de desenvolvimento regional do Centro Oeste.

O envolvimento do grupo dos irmãos Batistas com os poderes da República, está mais do que evidente.

Não há como negar que o grupo JBS/Friboi é favorecido aos financiamentos subsidiado do BNDES, com interferência direta dos poderes da República de antes, o Lula e da atual, Dilma.

Os favoráveis à administração Lula & Dilma, dizem que tomar dinheiro emprestado do BNDES é uma operação normal.

Normal seria, se não houvesse concentração de recursos emprestados a um grupo empresarial e também é anormal a relação endividamento/ patrimônio líquido.

Sob o argumento de promover a internacionalização e reduzir a informalidade, o BNDES injetou, por meio da compra de ações e títulos, R$ 16 bilhões em frigoríficos como JBS, Marfrig e Independência desde 2007. A cifra corresponde a 9% do orçamento do banco em 2014.
Além do aporte de recursos - em muitos casos para a compra e fusão com empresas do Brasil e do exterior -, o banco concedeu outros R$ 3,2 bilhões em empréstimos ao setor desde 2009.
A reportagem é de Pedro Soares e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 19-01-2014
.
A ajuda, porém, não livrou de problemas algumas companhias das quais o banco se tornou sócio, como o Independência, que passa por um processo de recuperação judicial, e o Marfrig, que teve de vender sua principal marca, a Seara, ao concorrente JBS para diminuir seu pesado endividamento.

 
No fim de dezembro, o BNDES adiou em um ano e meio o vencimento de uma debênture (título de dívida) de R$ 2,15 bilhões do Marfrig - de junho do ano que vem para janeiro de 2017.

 
Para o BNDES, o apoio foi necessário porque o ramo "não era organizado, com muita pulverização [de empresas] e informalidade", o que não permitia aumentar a competitividade das empresas do setor, "relevante gerador de empregos e divisas."

 
O banco entrou no setor com uma injeção de capital de R$ 1,4 bilhão na JBS, destinada à compra da americana Swift, em 2007.

 
Foram realizadas mais três grandes operações de compra de ações ou debêntures (títulos de investimento em renda fixa, que podem ser trocados por ações) do grupo JBS.
Em troca do total de R$ 8,5 bilhões aplicados em papéis do grupo, o BNDES tem uma participação de 24,5% no capital da JBS.
Marfrig recebeu, ao todo, R$ 3,6 bilhões em recursos do banco, que detém 19,6% do seu capital. O total foi investido pelo banco (por meio de seu braço de participações, a BNDESPar) de 2007 a 2012 e supera o valor de mercado das ações da companhia em Bolsa de Valores, da ordem de R$ 2 bilhões.
De menor porte, o Independência obteve injeção de recursos de R$ 250 milhões, que conferem ao BNDES uma participação de 21,8% na companhia.
Campeãs nacionais

 
Os números vultosos e as dificuldades de alguns grupos suscitam a discussão sobre a estratégia, criada no governo Lula, de incentivar empresas "campeãs nacionais", selecionando setores que pudessem ser líderes globais.

 
Para Mauro Rochlin, economista do Ibmec, escolher segmentos em que o país tem potencial e competitividade e fomentar suas empresas "não é, em tese, ruim." Muitos países, diz, adotaram essa tática com sucesso, como a Coreia, permitindo a expansão das companhias com aportes de recursos e financiamentos a baixo custo.
Como disse no início pode-se concluir, pelo exposto, o compadrio político entre o Grupo JBS e o Grupo Lula/Dilma.


 

Ary

Nota: Além da participação acionária direta de mais de 35% o grau de risco de crédito do governo é altíssimo no setor.
Na realidade, os brasileiros pagam o bife caro da FRIBOI que o governo da Dilma manda substituir por ovo.

Nenhum comentário: