quarta-feira, outubro 01, 2014

Como vejo o futuro



 

Uma coletânea refletiva.
Ary Alcantara.
Estamos a um passo das eleições de 2014, e o que propõe a reflexão não é, com certeza, se os sistemas de informação americanos bisbilhotam a "Presidenta", ou se os médicos cubanos têm conhecimento e habilidade para dar alguma ajuda ao caótico sistema de saúde brasileiro, ou ainda, se os juízes do STF darão justa pena à corrupção política dos condenados do "mensalão", "petrolão", ou qualquer outra matéria midiática que se torna assunto da hora.
É muito mais complexo. Tem como fundamento as razões políticas que possam dar credibilidade e confiança ao Brasil, para se obrigar às iniciativas do desenvolvimento.
O Brasil já não é mais aquele país romântico
com cinquenta milhões de pessoas, dos anos 50, confinadas ao litoral sudeste, com um nordeste feudal e um sul rural. Da bossa nova, que se contentava com um teatro rebolado, chanchadas de Grande Otelo, com as misses de O Cruzeiro, com a caricatura pornô de Zéfiro e as ilusões políticas de uma classe emergida do Estado Novo, que de golpe em golpe, propagandeava 50 anos em 5, e uma nova capital erigida em sertão desconhecido. Os anos dourados sem ouro.
Hoje o Brasil emerge em um mundo pós guerra fria, onde a ilusão socialista da salvação pelo social se esvaiu na mesma linha da eugenia fascista. Onde o capitalismo coorporativo dita o ritmo cruel das evoluções econômicas. Com seu 200 milhões de habitantes abriu a fronteira oeste da agricultura com a tecnologia em solos ácidos, com produtividades inimagináveis, tornando-se autossuficiente em alimentos. Na pesquisa mineral se tornou praticamente autossuficiente e autônomo de matérias primas. Em energia, incluindo-se as de origem fosseis, naturais e renováveis se superar entraves burocráticos ambiente/nacionalistas é competitivo para os próximos séculos.
Geopolítico situa-se no estratégico atlântico sul, com suas fronteiras bem delimitadas, sem conflitos coloniais ou territoriais como ocorre, nos emergente eurasianos.
Não se tem desordens e antagonismos populacionais internos, com uma nacionalidade bem absorvida, a mercê das origens colônias e migratórias diversas, de forma que as mais diferentes culturas convivem harmônica e interativamente, evoluindo no conjunto.
Bem. Temos alternativa.
A grande dúvida é: Será que o governo de Lula/Dilma, ou outro que o suceda, conseguirá reverter o declínio político brasileiro e impedir que o país escorregue definitivamente para a terceira divisão, na esteira bolivariana sul-americana? Exemplo do que ocorre, em contínuo, na Argentina.
Na forma como vemos e expomos a seguir, não.
Esta visão "bolivariana" é nada mais nada menos que o pragmatismo (o idealismo ficou perdido no tempo) de grupos da esquerda latino americano de se manter a todo custo no poder, o sacrifício de fundamentos econômicos e dos princípios liberais e democráticos, nada mais são do que a velha metáfora maquiavélica "os fins justificam os meios" e quer significar que os governantes e outros poderes devem estar acima da ética e moral dominante para alcançar seus objetivos ou realizar seus planos.
A impossibilidade da implantação, pela incapacidade de se criar qualquer justificativa que ascenda a lógica do mundo atual, de uma ditadura a exemplo da caquética cubana dos irmãos Castro, não casualmente glorificada por 10 entre 10 neossocialistas locais, os obriga a subverter o processo democrático através de pajelanças heterodoxas, contrárias aos alicerces econômicos reais, com o objetivo de mistificar um temporário alentador aumento do consumo privado, provido através da transferência de gastos de governo, preços subsidiados, aumentos de salários e aposentadorias acima da inflação, etc. O que lhes dá indiscutível popularidade, com um único fim, manter-se no poder
O jogo, no entanto, é se este sistema neossocialista, que há décadas se ufana de servir como modelo para propor a oferta de um padrão de vida crescente e elevado para seus cidadãos, seria capaz de sobreviver à combinação de globalização interdependente, risco de longevidade com o envelhecimento populacional e agudas necessidades de competitividade fiscal do mundo moderno.
Os brasileiros têm uma percepção definitiva e com certo orgulho de suas práticas e hábitos, como se fosse inerente à natureza do seu modelo social. Entre outros, ditos como direitos pétreos, as relações trabalhistas, a universalização da saúde pública, o bom sistema de aposentadorias e pensões - muitos se aposentam com menos de 60 anos – com valores garantidos pelo Estado que chagam a mais de US$ 22 mil por ano, férias de trinta dias são a norma e os trabalhadores com empregos em tempo integral têm jornadas semanais de 44 horas e proteções contra demissões. Sem mencionar o conjunto assistencial de "bolsas" e auxílios que indiscriminadamente são dispendidas. Fatores que constam inclusive nas mais diversas versões constitucionais da República. Sancionada em definitivo na Constituição de 1988, onde o Brasil optou, em definitivo, por um luxuriante Estado de bem estar social, jamais imaginado pelo mais empedernido socialista.
No extremo de custo e regalias estão funcionários públicos - federais e também os das unidades federativas - têm regime diferenciado de trabalho de 40 horas semanais, férias de 30 dias, recessos e licenças prêmio, com segurança vitalícia de emprego e aposentadoria integral, extensivo a cônjuge e dependentes, entre outros benefícios, como programa de proteção de saúde irrestrita e diferenciado, auxílio para alimentação e transporte e, em alguns casos, moradia. Isto sem contar que várias carreiras proporcionam ganhos de mais de Us$150 mil por ano, inclusive na inatividade. Fatores também consagrados na última constituição.
E cada vez mais se contrata no serviço público. Os concursos para o preenchimento de vagas aumentam cada dia. Aos jovens se institucionalizou, como uma lavagem cerebral, o desejo pelo cargo público e vitalício como meta a ser atingida. Proliferaram os cursinhos que não educam, preparam os jovens como autômatos unicamente para passarem nos concursos, através de métodos que lhes confere a habilidade concursaria e não o conhecimento, a iniciativa de desenvolvimento, a busca do sucesso meritório.
Além disso remata-se um incrível participação do estado em praticamente tudo, desde a manutenção de patrimônios culturais e históricos até nas corridas de automóveis, cinema e festas populares, sem falar na "paixão nacional" o futebol – como vimos na recente Copa do Mundo - tudo custeados pelos contribuintes, nas esteiras dos convênios e emendas parlamentares. Na imprensa cobra-se a iniciativa do poder público em tudo, como se o governo fosse um ente todo poderoso que, num simples estalar de dedos, fizesse o dinheiro cair de árvores.
Os programas de reforma agrária, atendimento aos índios, aos "quilombolas" e outros ditos programas sociais ou de atendimento a minorias, foram ocupados e distorcidos, não produzem nenhuma eficiência, apesar de custos astronômicos. Inclusive suspeita-se que, marginalmente, muitos destes assentamentos, reservas etc. estejam ligados ao comércio clandestino de ouro, diamantes, minérios, madeira, sem contar com o tráfico de drogas. Essas ações somente servem ao custeio de parcelas políticas da esquerda, do estilo MST, CMI etc. que se mantem como reserva de mobilização. Todos tem seu preço custeados pela carga fiscal.
Nas ONG's, OCIP's com as mais diversas atuações a situação não é diferente.
Os sindicados centrais e federações de trabalhadores (ex. CUT) da mesma forma financiados sãos poderes paralelos ao estado.
As agências reguladoras que na esteira do processo de privatização viriam para regular de forma "autônoma e eficiente" o desenvolvimento da ações do estado cedidas à iniciativa privada, do tipo telecomunicações, transporte, energia elétrica, petróleo, vigilância sanitária e outras tantas, difíceis de enumerar, ao invés de imprimir seu destino, na verdade, se tornaram imensos cabides de emprego, aparelhados por afilhados políticos, em uma colossal metástase estatizante. E nestas os concursos proliferam nomeando mais.
A reforma do Estado começado no período Collor e Itamar, com as privatizações- envergonhadas – do governo FHC, somadas à abertura externa ao comercio, geram um choque de eficiência produtiva nos mercados, inclusive atraindo um capital que há muito tinha desaparecido do Brasil. Necessário que se diga que o processo de privatizações esta ocorrendo, não por convencimento técnico, mas por pura necessidade de capital, já que a capacidade financeira do estado em se financiar praticamente se extinguiu e os capitais disponíveis estão cada vez mais escassos. No entanto estas composições são formadas com fundos cada vez mais comprometidos com o aparelho estatal, por exemplo, os fundos de pensão, os bancos de fomento (BNDES) e outros agentes estatais como, por modelo: no Campo de Libra, neste caso com BNDES/PETROBRAS, ou no Aeroporto do Galeão com Infraero/BNDES/FGTS. Todos os outros eventos de alienações e concessões, com raríssimas exceções, seguem o mesmo padrão, igualmente à VALE e INFRAERO, com os fundos de pensão estatais.
Essas estruturas coorporativas para estatais, geram cargos em diretorias, conselhos, e operações não controladas, inclusive novas fusões e aquisições, que ajudam marginalmente a financiar entre outras atividades as campanhas eleitorais, para não exemplificar enriquecimentos nada compatíveis com a licitude e a função de eficiência locativa de uma empresa.
As "campeãs nacionais", criadas no governo Lula, com objetivo de incentivar empresas selecionando setores que pudessem ser líderes globais, geraram os maiores disparates onde se destacam os casos Eike e JBS-Friboi.
A influência do Fundos de Pensão inclusive aqueles dos Estados e Municípios chamados REGIME PROPRIO que eram uma solução excelente para a questão previdenciária, à exemplo dos antigos IAP's sempre foram usados para outros fins, como os acima citados, isto sem exceção de Governos - Sarney, Collor/Itamar, FHC, Lula/Dilma - todos iguais.
A questão não é a forma ou quem, é a origem do processo político brasileiro, institucionalizada na Constituição vigente, e presente em todas as outras, que totalitária ao estado, através do poder imperial do executivo, subverte toda a atividade econômica.
Mas porque controverter, nunca fomos liberais - desde José Bonifácio, o Patriarca monarquista, passando à proclamação da quartelada Republicana absolutista, que não se acredita na capacidade dos brasileiros de se autodeterminarem, até no Supremo atual. Todos almejam é mesmo tutelar a nação e estão conseguindo à custa do empobrecimento e do gerenciamento do privilégio de castas de amigos.
Esta é a versão bolivariana dos apparatchik, termo pejorativo do russo coloquial que designava os militantes do antigo Partido Comunista da União Soviética (PCUS) que ocupavam postos na estrutura do governo apenas por seus vínculos partidários. Não tinham competência ou formação. Os apparatchiks atrapalhavam as pessoas e o país. Mandavam sem legitimidade e aumentavam a taxa geral de ineficiência do governo. - No final dos anos 1980, o PCUS detinham milhões de filiados - que representavam cerca de 10% da população adulta - espalhados no país inteiro.
Números como esses ainda não existiram no Brasil, seja em relação ao PT ou a qualquer partido. (Mas, estamos chegando lá)
MILAGRE ECONÔMICO?
Nas últimas décadas – como já havia ocorrido e da mesma forma, na época dos petrodólares - o dinheiro barato, em dólares, inundou o Brasil e outros mercados de rápido crescimento, como Turquia, Índia e Coreia do Sul.
O dinheiro começou a chegar, com espetáculo de crescimento da CHINA e mais ainda quando o Federal Reserve (banco central dos EUA) e outros Bancos Centrais importantes cortaram fortemente seus juros, e ainda como laxismo monetário, em um esforço para estimular a recuperação econômica nos EUA e em outras nações industriais avançadas.
O Brasil foi um destino farto. E os brasileiros aproveitaram.
Agora, com a crescente expectativa de que o BC dos EUA começará a restringir seu fluxo monetário, elevando juros e encerrando o programa de estímulo, é visível o risco de se tornar instável os mercados emergentes, com empréstimos não pagos, desvalorizações cambiais e possível falência de bancos e negócios mais especulativos, inclusive, novamente, incorporadoras imobiliárias.
A Baixa de commodities, que no seu auge de valor impulsionaram as economias emergentes nas últimas décadas, é um fato a se conviver. Apesar das reservas robustas o câmbio se volatiza, trazendo insegurança e desconforto, principalmente ante uma crescente dívida de curto prazo. A dívida interna segue marcha batida de crescimento. Os desequilíbrios regionais e federativos cada vez mais se agravam e os desequilíbrios sociais mantem-se na falta de qualidade distributivista de educação, saúde (saneamento e ações básicas profiláticas), infraestrutura e, principalmente, oportunidade de evolução humana.
Até os otimistas estão começando a ficar tensos com o rápido acúmulo de dívidas e péssimos indicadores de desempenho econômico. Alguns dos maiores beneficiários da benevolência do Fed e da abundância das últimas décadas foram as elites de emergentes, aliados do poder político e novos consumidores, que com seus os shoppings reluzentes e edifícios, principalmente públicos, feitos para ostentar vaidades, se tornaram representações do novo dinamismo nacional, tanto econômico quanto geopolítico.
O que essas elites ignoraram até agora, é que suas obrigações acarretam um perigo premente: o risco cambial e monetário de uma bolha de crédito.
Os Brasileiros e não só os governos, não pouparam, não investiram em qualidade (infraestrutura, educação, tecnologia) consumiram e se endividaram, nos últimos anos, inclusive 100 bilhões de US$ em viagens ao exterior.
Era uma festa, lembra as de terça-feira de Carnaval, é só hoje amanhã não tem mais.
Todavia isso agrava-se, numa economia mundial mais competitiva, a questão não é se o modelo social brasileiro é bom, mas se existem condições de continuar a bancá-lo.
Com base nas atuais tendências, a resposta é claramente não ou, pelo menos, não sem mudanças estruturais significativas em seguridade social, impostos, benefícios sociais e prestações públicas, regras trabalhistas, liberalização do capital e da atividade econômica.
Existe um exato consenso em todas as escolas econômicas do que é preciso fazer para cortar gastos e reduzir regulamentações que oneram a economia, tornando-a mais eficiente e competitiva. Mas o mais evidente é, simplesmente, de que a liderança petista presente e mesmo a de outros partidos, demonstram carecer de coragem política para confrontar a verdade a seus aliados e tomar as decisões necessárias.
Mudar qualquer país é difícil. Mas o desafio no Brasil parece especialmente árduo, em parte porque a vida aqui ainda é de certa forma confortável para muita gente, principalmente para uma nova classe de associados do poder, principalmente políticos e empresários, onde o dia do juízo parece distante, especialmente para corporações agregadas ao estado, os lobbies e os sindicatos nacionais, estes desde a era Vargas, sempre poderosos.
Hoje se comenta sobre a competitividade de China – esta a última potência colonialista do mundo - Índia e outras economias emergentes, como Japão e Coréia foram, em um passado não muito distante, mas a inerente pressão política por demandas sociais nestes países, em breve deverá gerar um impacto em seus custos de produção, sem, no entanto, em curto prazo, desestabiliza-los. Neste contexto, não se pode desconsiderar em futuro próximo a África com uma força de trabalho de mais de um bilhão de pessoas, com baixo nível de exigências e imensos recursos naturais. A sua estabilidade política virá, com certeza, e ai estará o futuro da indústria de baixa complexidade e mão de obra intensiva. Os Chineses já descobriram.
No Brasil pela irresponsabilidade fiscal chegamos ao limite, um trabalhador brasileiro com o agregado de encargos sociais, custa o dobro de um coreano e quase o triplo de um chinês e produz menos de 50%. No caso extremo de custo de mão de obra, tem-se a Alemanha, que além de produtividade se supera de forma impar com tecnologia.
Mas a esquerda bolivariana mais aguerrida não parecem captar este universo. Deveriam, no entanto, se tivessem um mínimo da percepção chinesa, atentar para a famosa afirmação atribuida por Luchino Visconti  no filme homônimo, do sobrinho do Príncipe em "O Gattopardo", de Giuseppe Tomasi di Lampedusa sobre turbulências sociais promovidas pelo revolucionário Garibaldi: "é preciso que tudo mude para que tudo continue igual".
Ao se interagir com políticos e sindicalistas, há a sensação de que todos eles se consideram revolucionários e membros de comunas, mas, ao mesmo tempo, como a extrema direita, eles desejam fixar o conforto do conhecido, não têm brio para arrumar briga em tempos difíceis.
As novas marchas e manifestações, no fundo querem é rejeitar tudo e todas as tendências e políticas, não procuram alternativos. É no âmago uma geração sem atitude, preocupados no máximo em, talvez, conseguir empregos e não perder os benefícios estatais. Exigem que nada mude. Os socialistas se tornaram conservadores, tentando, sem saber o que, desesperadamente preservar as soi-disant vitórias do último século.
Havia um antigo, amplo, pretenso e falso sentimento, que só a esquerda poderia promover uma verdadeira renovação, aliás no Brasil nunca existiu uma representatividade à direita ou liberal. Todos os partidos propõem políticas assistencialistas, protecionistas e populistas, a visão liberal teve alguma influência no Império, derrotado na República, jamais foi seriamente considerada. O mercantilismo colonial ainda prospera no Brasil. A nossa estrutura política patriarcal e personalista é o melhor exemplo.
Essas mudanças poderiam acontecer, o País possui capital e estrutura para isto, no entanto esta revisão radical é pouco provável, dependeria de que as coligações, que tem maioria parlamentar, estejam dispostas a confrontar suas próprias bases e principalmente dogmas em nome do futuro.
Mas os sinais de alerta estão evidentes: o desemprego, especialmente entre jovens, está em nível recorde. O crescimento é lento, quase estagnado, em comparação ao resto mundo, principalmente com a Ásia e demais emergentes. Os gastos públicos representam percentual recorde do PIB, o maior índice entre os países emergentes e mesmo comparando com os desenvolvidos. Os aumentos reais de salários superam o aumento da produtividade. A dívida nacional é crescente chegando a 70% do PIB, com um custo de carregamento estratosférico.
A dívida Brasileira é inflada e ao contrário dos empréstimos de risco feitos a mutuários "subprime" nos Estados Unidos ou a incorporadores imobiliários irlandeses na zona do euro, essas dívidas, feitas junto ao outrora generoso mercado, foram consumidas e precisam ser pagas, basicamente em moeda indexada, por entidades que faturam principalmente em Real.
Se a moeda local começa a se desvalorizar, os juros aumentarem e a inflação se mantiver, o pagamento dos empréstimos torna-se mais custoso para os devedores. Os credores ficam cada vez mais ariscos com relação à sua exposição a uma moeda frágil e podem agir para reduzir ou até eliminar linhas de crédito.
O pseudo milagre econômico de estimulo consumista foi construído em cima da liquidez externa e de uma maciça valorização do Real e de endividamento público, incluso bancos estatais, entre os quais o BNDES com uma exposição de mais de R$ 500 bilhões.
Essa ciranda de crédito, muitos deles de curto prazo, ilustram uma característica do boom nos mercados emergentes. Segue-se a isso o forte nexo entre um governo ambicioso, ávido por promover resultados midiáticos e populistas de factoides espetaculosos, em detrimento de investimentos produtivos, a se aliar a grupos empresariais dispostos a assumir projetos ambiciosos e de riscos duvidosos.
Eike Batista é um exemplo perfeito, mas não único. Seus delírios petrolíferos e empresarias é um símbolo de como muitos conglomerados obtiveram "sucesso" sob o estilo de governo dos neossocialistas.
O novo petróleo do pré-sal com seus volumes caros e imensos que foram fantasiosamente levados à salvação nacional, é outro exemplo. A Petrobras estagnou na produção e com seus custos de US$35,00 o barril, quatro vezes superior à média mundial, com a gasolina e o diesel com preços controlados atinge um nível de alavancagem preocupante e deve ter sua nota de credito rebaixada.
Nossa indústria está três gerações atrasada. Estamos com preços controlados – além dos combustíveis, energia e outras tarifas – voltamos ao protecionismo ideológico do Mercosul. O Banco Central intimidou-se empoçando uma inflação, que em 6,5% oficialmente medido, significa mais de 9%, realimentada pela indexação - correção – é o fim.
O Brasil não foi integralmente absolvido de sua longa história de calotes, o baixo nível de investimento, a permanente alquimia opaca das contas públicas, provida pelo Governo, o aparelhamento político das estatais que só agem em tom político e muito mais no crescente intervencionismo do Estado, em nada melhora este perfil.
Passou, a copa do mundo ...e após as eleições, os prognósticos estão lançados, não se tem muitas dúvidas ou ilusões com a deterioração da economia, é só observar os pontos abaixo:
  • Somos o País do futebol, mas o melhor está na Europa.
  • Voltamos aos apagões da energia mais cara do mundo, incluindo-se os combustíveis. Mas, monta-se a pajelança midiática da intervenção, sob a ilusão da queda de tarifa, onde não se reduz custos, mas repartem-se prejuízos. Com quem?
  • O Pré-Sal tornou-se uma lenda, aclamado como a salvação nacional, não saiu da retórica, a produção da Petrobras decresce, não se tem um projeto de produção, importa-se gasolina e a capacidade de alavancagem da empresa está no limite.
  • A mineração pelo intervencionismo governamental leva a Vale a um dos piores resultados de sua história
  • Na primeira ameaça de temporal nossas cidades se tornam espetáculos de calamidade, comparáveis a uma Nova Orleans pós Katrina, isto sem contar que jamais são recompostas, mas consomem fortunas em verbas desviadas.
  • Reencontramos o caos nos aeroportos com suas tarifas exorbitantes, com privatizações montadas sabe-se lá como.
  • As estradas são intransitáveis, privatizadas agora com financiamentos públicos, levam no mínimo 5 anos para resultar.
  • As ferrovias não atendem à demanda e ainda estão sem solução.
  • Os portos são congestionados e caros,
  • O sistema financeiro e oligopolizado,
  • O mercado de capitais serve exclusivamente a especulação com derivativos,
  • As taxas de juros são exorbitantes e em crescente.
  • O transito nas cidades é do mais perfeito caos – poluído, sujo, violento, ineficiente, com o pior serviço de transporte público que se tem notícia e piora.
  • Os custos de produção industrial somadas a produtividade e o valor da mão de obra – aliada a pior relação trabalhista do mundo - levam o país para o fim da fila em competitividade.
  • Os serviços de telefonia e internet são os piores do mundo e os mais caros.
  • A carga tributária chegou a um limite impossível de custos, burocracias etc.
  • Os automóveis são "carroças" caras.
  • Computadores obsoletos e caros.
  • Os eletrodomésticos disponíveis são superados e de baixa eficiência e qualidade. Todos produzidos sob protecionismo anti-competitivo.
  • Os serviços públicos básicos que teriam que atender a segurança, campanhas básicas de saúde, saneamento etc. servem apenas a persecução política do interesse fisiológico de poder.
  • A educação, com custos relativos ao PIB de primeiro mundo, despreza o mérito e finge que ensina, gerando gerações de analfabetos e despreparados funcionais, em engenharia matemática e outras especialidades, levando-se a alternativa de suprir estas aptidões pela importação de mão de obra especializada.
  • Temos 40 ministros que não se conhecem entre si, dirigindo ministérios que não sabemos para que servem ou se destinam e que nem mesmo as autoridades conseguem enumerar.
  • A legislação eleitoral, institucionaliza a corrupção, ao permitir, que invistam, inclusive com dinheiro de impostos, como se adquirissem um bem de produção, no financiamento de campanhas eleitorais e partidos políticos com o fim de contrair privilégios e tratamento preferencial não equitativo.
  • O judiciário é paquidérmico.
  • O legislativo, subserviente a um executivo totalitário e ditatorial, em crise de identidade, não sabe a que veio, não se lhe conhecem produtos.
  • Poderíamos ainda escrever um texto bíblico sobre:
    • Mortes no transito.
    • Presídios.
    • Jovens criminosos.
    • Tráfico de drogas.
    • Roubo de cargas.
    • Meio ambiente.
    • Endividamento público e privado.
Enfim, para qualquer lado que se observe temos a mesma pergunta, como chegamos a isto, somos ultrapassados em crescimento, produtividade e competitividade no continente por, Peru, Chile e Colômbia, para não citar o México. Nos equiparando aos horrores Argentinos.
Infelizmente estamos cada vez mais longe de um País de oportunidades, com um sistema de liberdades democráticas de empreendimento, sem a tutela de um estado vicioso. Onde o indivíduo seja o objeto central da liberdade política.
A liberdade de ter a sua própria economia, o seu próprio trabalho, a sua própria fonte de riqueza é contrastante, é contrária e inadmissível a um processo absoluto de direcionamento econômico, trivial nas ditaduras e nos governos autocráticos. Associar-se o liberalismo a democracia, é comum, mas não é condição suficiente, haja vista a China Contemporânea, que alia uma ditadura Política ao liberalismo econômico.
No entanto estas políticas não são feitas sem propósito e a sorte está lançada no curto prazo, o objetivo do Governo é ganhar votos. Nesta linha qualquer divisão composição ou alternância de poder não pode ser considerada, dominar todas as instituições é mandatário, o contar dos fatos é a "história" oficial, o controle da mídia é essencial. A propaganda oficial é a única verdade. Sem isto não vai e vale qualquer sacrifício e será feito. A economia ainda dará um tempo, mas o controle da mídia se dará já. Principalmente pelo controle das receitas. Vejam a publicidade de governo e das empresas dependentes, associadas, financiadas etc.

 
O Funil se Aperta.

 
Não para os políticos na luta pelo "poder", muito menos para o PT, este não tanto por seus méritos, mais pela incompetência das ditas oposições se garantirá no poder de qualquer forma.
Na época da eclosão do episódio do mensalão, deflagrado acidentalmente por seu ator mais improvável, Roberto Jeferson, ninguém imaginava que chegasse tão longe.
Dirceu é o personagem os outros são coadjuvantes, por isso foi para o sacrifício esperando que seu sangue atraísse a sanha das piranhas e deixasse a boiada em paz, ficaria ferido, mas não mortalmente e o mundo daria suas voltas.
Mas porque Dirceu? Lula chegou a cogitar em se entregar, mas aí seria o fim. Não poderia ser ninguém de menor envergadura, assim, Dirceu.
O Mundo deu volta, Lula resplandeceu das cinzas, se reelegeu, mais quatro anos. Elegeu Dilma.
A guerra continuava, aconteceu Palocci e seu caseiro. Outras mais, Erenice, etc.. Mas no fim tudo se ajeitava.
Faltava o "gran finale" no Supremo, a imolação ou a salvação do herói máximo. O Napoleão Dirceu, qualquer que fosse o resultado sairia como o grande.
Alguma dúvida?
O Supremo depois das substituições dos Juízes – já que as previsões iniciais de desfecho no julgamento falharam, com os posicionamentos de Peluzo, Brito, Fux, Barbosa e a não submissão de Gilmar, chega ao seu desfecho previsível: a "mise-en-scène" da punição folclórica, a ser revista em novo julgamento, dos acusados e, principalmente, a descaracterização da desonesta fraude política perpetuada por Lula, neste caso, injustamente, atribuída ao comando único de Dirceu,
Com qualquer desfecho cumpriu sua missão. Regularizou a farsa. Não importa o resultado. Nada os condena. A fasce é que é a lei.
Nenhuma alteração que fosse ao resultado a partitura mudaria, sempre seria a mesma, já estava lançado o ato, o "injustiçado" pelas elites jamais deixou a ribalta, manteve-se apoiado pelos seus acólitos como se suas acusações fossem obra de um alienígena estranho de um mundo distópico. Fidel seu eterno patrono e seu séquito de ditadores bolivarianos o apoiavam, Lula o eterno Presidente chamais deixou de acolhê-lo, nunca deixou de liderar o PT. Bem, Dilma, deixa para lá.
O "mensalão" nunca existiu, tudo foi imaginário, a distopia petista, repete a fábula de Orwell: "Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros e nesta visão confusa, os animais já não conseguem distinguir os porcos dos homens".
Era realmente uma quadrilha, hoje é mais, cresceu, lembra as falanges e as fasces originárias do movimento fascista.
Como justificou o Ministro Celso de Mello dizendo, ao ver nos autos a prática de atos de "venalidade governamental" e "desvios éticos" por parte do ex-ministro da Casa Civil e do ex-presidente do PT:
"Houve um Projeto criminoso de poder engendrado, concebido e implementado pelas mais altas instâncias, e praticados pelos réus nesse processo, em particular pelos réus Genoíno e José Dirceu", disse. "Estamos aqui a tratar de uma hipótese de macrodelinquência governamental", afirmou Celso de Mello."
Para o ministro, os acusados desempenharam um "Jogo político motivado por práticas criminosas perpetuadas à sombra do poder." "Isso não pode ser admitido e tolerado", disse.
Este processo criminal  revela a face sombria daqueles que,  no controle do aparelho de Estado, transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária  e desonesta de poder, como se o exercício das instituições da República pudesse ser degradado a uma função de mera satisfação instrumental  de interesses governamentais e de desígnios pessoais.
E tudo se repete com mais intensidade no PETROLÃO.
Na verdade, isto tudo são consequências derivadas. A cultura pela transgressão e o ilícito vem como reação da origem trazida pelo colonialismo mercantilista português, que restringia a atividade econômica nativa e liberal. Restavam aos nacionais a subtração mísera dos recursos da coroa, o contrabando e todo o tipo de atividade subversa, o "malandro" era venerado, conseguia enganar a coroa, o bom era o sublevado. Isto persistiu pós-independência, dado que o império brasileiro apenas deu continuidade à decadente coroa portuguesa. A Inconfidência Mineira, movimento nacionalista com inspirações iluministas foi a primeira insurreição organizada.
A evolução liberal iluminista pombalina foi sepultada em Portugal no século XVIII pelo terremoto de Lisboa e pelo imperialismo napoleônico e seu despotismo.
O mercantilismo vicejava em Portugal e em impérios europeus do sul, apesar de que o advento da nova teoria de Adam Smith e de outros economistas clássicos fosse ganhando espaço  no Império Britânico, nestes ainda encontrava força e principalmente nas doutrinas colonialistas que restringiam na totalidade o desenvolvimento da cultura liberal na colônia.
Ninguém como Napoleão se fundamentou no nacional mercantilismo para atingir seus propósitos imperialistas de dominação. A Nobreza Portuguesa e a europeia em geral, embora se apavorasse com seu poder e crueldade e a truculência de seus atos, no íntimo o endeusavam e isto se projetou no Império Brasileiro.
O nepotismo corrupto nacionalista da era napoleônica, com sua doutrina despótica e imperial, disfarçada no populismo revolucionário foi o exemplo a ser seguido.
Alias essas figuras do Napoleonismo persistem de forma teimosa até hoje e inspiraram os mais perversos movimentos políticos do século XX, com os criminosos regimes Leninista/Stalinista da ex-União Soviética, o Faci/nazismo europeu (que erroneamente se tenta circunscrever ao eixo Alemanha, Itália e na Ásia ao Japão, mas dominava a própria França e tinha ramificações fortes no restante do mundo, inclusive na América latina, personificado na Argentina pelo Peronismo e no integralismo brasileiro). Não reporto o comunismo cubano, pois é um filhote bastardo e mal acabado do leninismo/Stalinismo.
O relatado a cima no Voto do ministro Celso de Mello nada mais é que a ponta visível, de uma desordem geral na organização do estado. É na verdade, apenas uma parte mais visível do descontrole das ações públicas, geridas pelas agências estatais, ou seja, pelo governo. Em síntese, o patrimonialismo faccioso do Estado o antigo mercantilismo, nacionalista, estatizante e imperial.
É a dominação do Estado por uma burocracia corrupta, na verdade, com o que há de pior na natureza humana: ganância, cobiça, inveja, roubos e denúncias, mentiras e acima de tudo a hipocrisia e o cinismo.
No entanto, o invólucro destes governos é sempre revestido de ações heroicas, acompanhadas de factoides midiáticos e sucessivamente justificadas em função do bem comum, o dito pelo social. Na verdade travestem objetivos definidos que nada tem de benéfico.
Pretendem é mascarar uma situação em arautos democráticos, para angariar dividendos populistas, com reflexos eleitorais acaudilhados, dado que nesta guerra política o butim é o poder imperial do Executivo, secundado pelas benesses e barganhas dos demais cargos que os levam a aparelhar o poder. Instalam a mentira e o desvio como método, a destruição da ordem como função. Como resultado a credibilidade dos agentes econômicos inexiste e na insegurança o reflexo é antieconômica.
Não se deve crucificar o Supremo por qualquer resultado, todos resultariam no mesmo, continuou a cumprir seu papel, é produto, não origem. .
O Brasil pela sua fragilidade econômica e cultural é um canteiro fértil ás incursões do fascismo bolivariano. Lembra muito a Europa do início do século passado com suas frágeis democracias liberais, que viram no dirigismo estatal a solução para seus problemas e geraram os piores regimes políticos da história, antissemitismo, comunismo, fascismo, nazismo e suas terríveis consequências. Aqui flertamos com a versão neolítica deles, o bolivarianismo, com seu neossocialismo.
A pretensão petista é uma forma de radicalismo político autoritário, nacionalista e totalitarista, procurando através de um Estado totalitário promover a mobilização em massa da comunidade. Produzem um partido de "vanguarda" para iniciar uma propaganda de uma revolução inexistente e finalmente organizar a nação em princípios fascistas;
  • Hostil aos direitos individuais e à democracia liberal;
  • Repelem também o socialismo mais puro (PSOL, Marina, etc.);
  • comunismo, bandeira primaria, é literalmente esquecido;
  • Veneração ao Estado;
  • Devoção a um líder forte;
  • e, uma ênfase a ultranacionalismo
  • O conflito entre as nações (caso espionagem)
  • Acabar com as divisões de classes dentro da nação (o inimigo comum as "elites")
  • Uma economia mista, com o objetivo principal de conseguir  e garantir a autossuficiência, e a independência nacional através de protecionista e políticas econômicas intervencionistas.
  • O fascismo sustenta a chamada de Terceira posição entre o capitalismo e o socialismo marxista. Influenciados pelo sindicalismo nacional.
A corrupção, o crime em geral (trafego de drogas, assassinatos, etc.) é detalhe, não existem direitos, somente projeto de poder, o aliado de hoje é o principal inimigo de amanhã.
O bolchevismo e o fascismo mantêm semelhanças ideológicas: ambos defendem uma ideologia revolucionária, ambos acreditam na necessidade de uma elite de vanguarda, ambos têm desprezo pelos valores burgueses e ambos têm ambições totalitárias.
Nas democracias estáveis e economicamente desenvolvidas, com uma identidade nacional consolidada, os movimentos fascistas não tem potencial de sucesso. Em contraste, nas fracas, com atrasos disfuncionais e culturais, com turbulência econômica séria, somados a ressentimentos reais ou insuflados, atentados por qualquer depressão econômica, ao modelo de pós Quinta-feira Negra de 1929, é a "tempestade perfeita para a eclosão do ovo da serpente".
George Orwell os descreveu em a Revolução dos Bichos:
.... e ver "Napoleão em seu carteado final com os Frederick e Pilkington, senhores das granjas vizinhas, celebrando a prosperidade econômica que seus acordos proporcionam para suas quintas".
Como não identificar no panorama de hoje os Bolas de Neve de Orwell.
Todos os fatos nos fazem apenas refletir que a condição do homem é mais importante do que qualquer método político que lhes imponham e que as questões morais e éticas individuais, são as únicas suficientes para produzir a paz e por isto tem que lutar.
No Brasil se mistifica e se isola. É a mentira da salvação pelo social.
Talvez não tenhamos aproveitado as oportunidades. O futuro dirá.
A solução brasileira começa por uma atitude no sentido de diminuir o aparelho estatal, urgente está em se tomar por dogma um movimento oposto ao "inchaço" apresentado pelo governo federal, principalmente nos 12 últimos anos do Governo Lula/Dilma.
É bem claro, como bem observou Margareth Thatcher, "que o Brasil não teve ainda um bom governo, capaz de atuar com base em princípios, na defesa da liberdade, sob o império da lei e com uma administração profissional"
O Brasil, os brasileiros e de certa forma o mundo tem por sentimento o país é um projeto de a superpotência econômica.
Mas, para o Brasil, ante o impasse que se apresenta ao futuro: na dúvida de sermos um País respeitado e com credibilidade, fatores indispensáveis ao desenvolvimento; ou se manteremos – o que nos levará ao fosso bolivariano - a personalidade carnavalesca que faz lembrar a frase: "Le Brésil n'est pas un pays serieux" – "O Brasil não é um país sério" – popularmente atribuído – mas jamais dita - a Charles de Gaulle, no episódio pândego da "Guerra da Lagosta". (vide http://veja.abril.com.br/blog/de-paris/tag/guerra-da-lagosta/)
A solução começa por se procurar um Estado pequeno e forte ao exatamente ao inverso do que se têm, ou seja, um Estado grande e fraco"
É importante refletir no que expressou Margareth Thatcher sobre o Brasil:
  • "Na Grã-Bretanha há 15 anos havia um cinismo em relação ao futuro do nosso país. Nós já começávamos a aceitar nossa decadência. Sentimentos desse tipo não existem no Brasil"
  • "Mas otimismo também tem seus perigos. Ele pode impedir a adoção de medidas dolorosas. Acho até que muitos preferiam acreditar que a imensidão deste país e seu dinamismo seriam suficientes para se produzir sucesso duradouro"
  • "Também estou ciente de que vocês pretendem dar um novo impulso ao seu programa de privatizações. A privatização das indústrias estatais é uma parte essencial na criação da estrutura de uma bem sucedida economia de empresas livres"
  • "O Brasil é o país do futuro, mas para tanto é preciso decidir que o "futuro" é amanhã. E, como bem sabem, isto significa que as decisões difíceis têm que ser tomadas hoje"

 

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