quarta-feira, agosto 23, 2006

Publicada a pesquisa Datafolha, sem surpresas

Publicada a pesquisa Datafolha, sem surpresas.

Lula mantém-se à frente com diferença média de 20%.

Considerando-se a metodologia de pesquisa e amostragem e o universo de abrangência, não existem mudanças nas tendências observadas em todas as últimas realizadas.

Diante de uma falta de informação maior, principalmente quanto à situação de domicílio do eleitor pesquisado, que influencia, por exemplo, no nível de abstenção – os que não comparecem para votar – que tem se situado, nas últimas eleições, na faixa de 20% e, com certeza, não tem distribuição padrão na amostra inquirida, não se pode obter nenhuma informação maior do que a tendência de intenção de voto de extratos do eleitorado.

Por outro lado, bastante interessante o resultado apurado quanto o nível de aprovação do Governo, 52% bom e ótimo, 36% regular, ou seja 88% não o desaprovam.

Este índice, deveria se refletir num índice maior de intenção de voto do que o alcançado pelo Candidato Presidente. Isto se observa nos estados onde os governadores são bem avaliados, caso Minas p. ex.

Esta última observação, induz ao raciocínio de que a avaliação positiva pode vir marginalmente de um visão não particularizada do eleitor, mesclando sua opinião entre desempenho do governo federal e estadual, onde, com certeza na média, os governadores estão melhores avaliados, o que influenciaria a visão nacional.

De outra forma pode se observar, aumentando-se o espectro de avaliação, para um período de tempo maior, como por exemplo todos os 44 meses de governo e o desempenho nas ultimas eleições do Sr. Lula, uma grande volatilidade no seu nível de aprovação e intenções de voto.

Esta volatilidade, com certeza demonstra a não existência firme de uma opinião consolidada, o que faz com que as acusações, denúncias etc. se percam no tempo e só tenham efeito momentâneo. Ou seja, sua figura é muito semelhante ao ator, que em um momento é um Herói amado e noutro um vilão odiado, mas sempre visto apenas como um personagem.

Na outra ponta o Geraldo mantém-se consolidado nas intenções de voto, necessitando-se firmar como a alternativa e depois como oposição.

Em síntese, o que pessoalmente leio no resultado apresentado pelo Datafolha, é que estamos longe de uma definição, esses índices de aprovação e intenções de voto do Sr. Presidente, são, nada mais que reflexo de uma excelente e bem elaborada campanha, com uma exposição de mídia jamais vista, apoiada em factóides, fantasias, mentiras e dissimulações, podem-se tornar pedestais de barro de uma imagem sem consistência e desabar.

A dificuldade é saber a hora e o ponto certo para atacar, um erro pode ser fatal.

Como na fábula mitológica precisamos acabar com a Hidra, senão com seu hálito venenoso nos liquidará.

Ary Alcantara


Qualquer semelhança não é mera coincidência



A hidra de Lerna
Hidra era uma serpente gigantesca e de muitas cabeças que aterrorizava a região de Lerna, na Argólida. Filha de Equidna e Tífon, tinha por irmãos Cérbero, o cão do Hades; Ortro, o cão monstruoso de Gérion, e a Quimera. A picada da Hidra era extremamente venenosa, e contra o veneno não existia antídoto. Quando uma cabeça era cortada, outra nascia em seu lugar, e além disso uma delas era imortal.
Héracles atacou-a com o auxílio do sobrinho Iolau, filho de Íficles. A cada cabeça decepada, a ferida era cauterizada com o fogo de um archote, impedindo assim que voltasse a nascer. A última cabeça, que era imortal, foi colocada em um profundo buraco, em cima do qual Héracles ainda pôs uma enorme pedra.
Durante a luta, Hera enviou um gigantesco caranguejo para atrapalhar o herói, mas ele simplesmente esmagou-o com o pé. Morto o monstro, Héracles embebeu a ponta de suas flechas no sangue da Hidra, tornando-as para sempre venenosas.

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