Não eleja ditador.

Não deveria me surpreender, pois o Apedeuta mais que provou sua capacidade de dizer e se comportar como das mais insólitas figuras políticas que já assolaram esse planeta.

Num misto de Chaves e Idi-Amin, assume assertivas como se fosse o único arauto da verdade, mente, reinventa fatos a seu bel prazer, ataca as instituições, assume posições que jamais teve ou ao menos conhece, é um prestidigitador.

Mas, nas suas ultimas manifestações superou a si próprio.

Ao Ministério Público e Judiciário – Supremo Tribunal - ditou que essas instituições atuavam porque “queria” como se da sua vontade dependessem.

Não satisfeito, declarou que mandava prender... o que, obviamente não lhe compete.

Afirmou, perguntado sobre o processo de indiciamento da quadrilha do mensalão, a inocência sua e do seu PT, por desconhecimento.

Desdisse seus discursos de despedida de Dirceu, Genoino, Palocci, Delúbio etc. declarando que os demitira - a mais deslavada mentira - pois apenas aceitou seus pedidos de demissão, manifestando-se a eles, com rasgados elogios.

As mentiras contumazes de um Presidente da República, por si só já são um caso de extrema gravidade e crime de responsabilidade, neste caso se avolumam pela alegação de desconhecimento.

Ao Presidente da República o Estado disponibiliza um sistema de informações, constitucionalmente estabelecido, que estruturado na Abin (antigo SNI) tem por exclusiva competência manter informado o mais alto mandatário do executivo.

Essas funções mantêm-se, sustentada por nossos impostos, ante a necessidade de que o Presidente e o País não podem serem surpreendidos pela desinformação, seja no âmbito da segurança externa, quanto interna, que foi o caso da corrupção, desenfreada e aparelhada pelo PT nos organismos públicos do executivo, com ramificações no legislativo.

Sabe-se que, no caso, no mínimo foram passados informes e que se desestimulou a prosseguir em investigações.

A desinformação compromete a segurança do Estado e da Nação.

Não pode ser admitida.

É grave, ele mente, procura iludir a sociedade.

Seu nervosismo e atos falhos na última entrevista televisiva são mais uma prova contundente desta assertiva. Foi o mentor, como já disse Heloisa Helena, nada era feito sem seu conhecimento e aprovação, o que por sua demonstração destemperada evidencia.

Mas supera-se, embalado pelas pesquisas, lançou-se nos últimos dias a atacar o Congresso, desqualificando todos como legisladores em causa própria e generalizando a corrupção, como se não fossem as CPI’s que levantaram os descalabros de seu governo, dos Waldomiro, Delúbio, Dirceu, Valeriodutos e outros.

Os congressistas não liberam verbas, não executam o orçamento, não promovem licitações, os entreveros das sanguessugas, mensalões e outros só se viabilizam com a ação do executivo, obviamente “desconhecida” pelo Senhor Lula e seus aparelhos.

Na verdade o Congresso tirou a roupa do governo, desnudando-o, do mensalão às sanguessugas, os envolvidos estão listados à nação, os processos estão em curso, apesar do Senhor Lula.

Por ele nada teria sido investigado, conforme disse em entrevista em Paris, qualificando o crime do caixa dois como atividade normal e corriqueira.

Esta é a sua mais nova versão, desqualificar todos, é o salvador da pátria, como um Rei Momo, primeiro e único, quer transformar o Brasil em um carnaval próprio e permanente.

No entanto temos o voto, ele seus quadrilheiros têm que ser detidos, aos políticos da maioria honesta, cabe combatê-lo.

Além disto, está em curso um processo de desmoralização generalizada das instituições.

As ações do terrorismo do PCC em São Paulo, as ditas ‘pizzas” das repercussões das punições das CPI’s, as exigências veladas de julgamentos sumários, as criticas as leis que regem os processos penais, são alguns desses movimentos .

O associado a tudo isso o discurso do Sr. Lula revela cadê vez mais o ovo da serpente.

Temos que, repisando Capistrano de Abreu, ter vergonha na cara e revogar da vida pública aqueles que se dispõem em contrário.

Com democracia e respeito as instituições, cresceremos e nos desenvolveremos de forma pacífica e sustentada, esta é a única alternativa.

Não eleja ditador.

Lembrem, Hitler foi eleito.

Ary Alcantara